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  • Foto do escritorRODÃOONLINE

NÃO É DE HOJE A CRISE DO TRANSPORTE E DA JOTUR


Dessa vez, nos dirigimos mais diretamente aos companheiros da Jotur, mas, o alerta é geral para toda categoria.


Há mais de 15 anos o SINTRATURB denuncia publicamente a crise no transporte público e alerta para o colapso do sistema, causado pelo “modelo adotado só no Brasil”, onde o transporte está entregue à INICIATIVA PRIVADA e o seu FINANCIAMENTO É FEITO POR TARIFAS pagas por usuários.


A Pandemia só aumentou o problema e acelerou o colapso. Repetimos: colapso esse que já alertamos há mais de 15 anos. E quem paga a conta?


Como sempre, são os trabalhadores do transporte e a população que depende do sistema para se locomover. A população só reclama e nos acusa, mas, não cobra os políticos, não se organiza nos bairros, não luta por um transporte melhor.


A categoria relaxou nos últimos anos, muitos se afastaram do sindicato e se deixaram levar por mentiras e fake News da política mais geral. Acusações descabidas e críticas, muitas vezes, injustas enfraqueceram o sindicato e dividiram a categoria.

Quem perdeu com isso?


A ESPECIFICIDADE DA EMPRESA JOTUR

Os problemas da Jotur são antigos e bem conhecidos. Má administração, constante troca de administradores e a descapitalização, provocada por seus sócios, criaram dificuldades enormes e enfraqueceram a empresa. Com a Pandemia da Covid veio a paralisação das atividades e a retomada do serviço com menos da metade do número de passageiros. Todas as empresas tiveram problemas, mas, a situação da Jotur é a pior.


ESTÁ INSUPORTÁVEL A SITUAÇÃO DA FALTA DE PAGAMENTOS

A empresa está atrasando todos os seus pagamentos. O que nos interessa é a força de trabalho, onde a empresa paga com atrasos e parcelado quem está trabalhando e descumpre os acordos para quem saiu da empresa.


É real a queda da arrecadação, mas, também, é real a diminuição dos custos. Assim como vemos o crescimento diário do número de passageiros. Mesmo assim, a empresa penaliza os trabalhadores.


E nós fazemos o quê?


Grande parte da categoria acusa e cobra o sindicato, como se fossem os diretores do sindicato responsáveis por tudo isso, ou, salvadores da situação sozinhos. Na verdade, nunca trabalhamos tanto, desde o acompanhamento de toda crise, negociações, administração do sindicato, milhares de rescisões para serem conferidas uma a uma e reuniões com patrões, com autoridades, com outras entidades, buscando diminuir os impactos e problemas existentes.


A nossa grande arma sempre foi a organização e a greve.


E hoje temos o quê?


Uma categoria dividida e acuada com medo do desemprego, o que é normal, mas, precisa ser enfrentado. Todos têm que pensar qual o seu papel nisso tudo. A diretoria trabalha incansavelmente e nunca tivemos tantas ações judiciais contra a Jotur. Mesmo assim, garantimos os direitos na justiça e a empresa não paga, alegando falta de recursos e não tem patrimônio para responder pelas dívidas.


Vamos fazer mais o quê?


Paralisar a empresa, deixa-la sem arrecadar nada é a solução?

Forçar sua quebra para vir outra empresa é uma saída para nossos empregos?


AÇÃO JUDICIAL E NEGOCIAÇÃO PATRIMONIAL

Por óbvias razões de estratégia e sigilo necessário na ação sindical, não podemos estar divulgando determinadas atitudes tomadas pela diretoria. Com isso tem gente achando que não estamos fazendo nada, o que não é verdade.


Como já dito, conferimos detalhadamente cada uma das mais de 340 rescisões feitas pela empresa, entramos na justiça com grande número de ações individuais de companheiros que procuraram o sindicato e, claro, as ações coletivas de cobrança.


Do ponto de vista de garantir o pagamento das verbas rescisórias de quem saiu e garantir certa normalidade para voltar a cumprir os pagamentos dos que estão trabalhando, a direção do sindicato AJUIZOU AÇÕES que buscam impedir que o patrimônio da empresa e até de seus sócios seja tomado por outros processos.


Ou seja, estamos buscando fazer com que o patrimônio da empresa e sócios se torne garantia das dívidas trabalhistas, é o que a Diretoria do sindicato está empenhada.


É QUASE IMPOSSÍVEL TER TRANQUILIDADE

Pedir tranquilidade a quem não consegue sustentar a própria família é difícil, mas, afirmamos aos companheiros que estamos fazendo todo o possível, já fizemos pesquisas patrimoniais detalhadas, já buscamos várias alternativas e, no momento, estamos nos empenhando em garantir com esses imóveis dar prioridade aos créditos trabalhistas quando ocorrer sua venda, que deve ocorrer em leilão.

É um processo complexo e demorado, no entanto, é a possibilidade que temos.


SINTRATURB: SINDICATO DE LUTA POR DIREITOS E PELA VIDA

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